Ao fim do primeiro semestre de 2022, 78% das famílias brasileiras estavam endividadas – o maior patamar desde 2010. Em 2020, esse porcentual era de 67%.

Além disso, ao fim do primeiro semestre deste ano, a renda média das famílias das capitais brasileiras havia caído 3,9% em relação ao mesmo período de 2020. Já diante de um cenário de volta à normalidade, a renda média registrada há poucos meses teve leve queda (-0,4%) em comparação a junho de 2021.

Confira, a seguir, os principais dados extraídos da Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias nas Capitais Brasileira, elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Diante do aumento do endividamento das famílias, confira estratégias que podem direcionar os negócios nos próximos meses.

O fato de a renda média não ter crescido no comparativo anual, mesmo em um cenário de acelerada queda do desemprego e geração de empregos com carteira assinada, pode estar relacionado ao encerramento do auxílio emergencial e ao aumento do número de pessoas com algum rendimento, mas em um patamar médio menor. Também é essencial considerar que a corrosão inflacionária foi um fator determinante para a diminuição da renda, ao atingir de forma incisiva o poder de compra das famílias.

Além da inflação, a taxa Selic também tem sua influência neste cenário. A taxa, que permaneceu em 2% ao ano (a.a.) entre agosto de 2020 e março de 2021, atingiu 13,25% em junho de 2022 – e, atualmente, está em 13,75%.