E vamos para o próximo capítulo sobre a Alfaiataria Eyewear.
Apesar deste conceito, esta forma de se definir os óculos feitos sob medida, à mão, único para cada pessoa, ter sido lançada na semana passada, já ganhou muita repercussão e adeptos!
E o capítulo de hoje, vamos começar pelo verbo vestir.
Não é mera coincidência que o mesmo verbo seja usado para roupas e para óculos. Neste contexto do vestir, a alfaiataria é conhecida por seus trajes sob medida e elegantes, que se ajustam perfeitamente ao corpo do cliente. Já os óculos são usados para além de melhorar a visão e proteger os olhos, enfeitar o rosto, compor o look, o estilo, o visual de quem usa. Óculos também são para vestir.
E a combinação poderosa e sofisticada do verbo vestir para óculos e a alfaiataria, chancela perfeitamente o conceito de Alfaiataria Eyewear.
Personalização, exclusividade, experiência.
A personalização de produtos e serviços está ganhando cada vez mais força no mercado. E no universo eyewear não poderia ser diferente. Escolher óculos únicos vai além de escolher a forma, a cor e o estilo dos seus óculos, o uso de modelos personalizados também pode complementar um traje sob medida, criando uma aparência cheia de estilo, coesa e bem pensada.
A escolha perfeita de um bom óculos pode elevar instantaneamente qualquer visual.
Os lunetiers que dominam a arte da Alfaiataria Eyewear produzem óculos personalizados, permitindo que os clientes escolham materiais como acetato com cores exclusivas, madeira e até chifre de búfalo, por exemplo.
Em suma, a Alfaiataria Eyewear é a personalização de um novo movimento que une a alfaiataria e os óculos. E para aqueles clientes que procuram um toque pessoal para o seu look, confeccionar óculos sob medida poderá fazer toda a diferença na experiência de comprar e usar óculos.
Mas, além da Alfaiataria Eyewear, existem também opções de óculos autorais e personalizados, feitos à mão. E com este um assunto é ainda pouco repertoriado tanto no mercado óptico, como nas redes e no google, vou explicar e ajudar a definir esses conceitos que são novidades principalmente no mercado brasileiro.
No conceito da Alfaiataria os óculos são únicos, feitos um a um, à mão e sob medida. Ou seja, além de serem produzidos de uma forma manual e artesanal, são óculos que se encaixam milimetricamente ao rosto e gosto de cada cliente. Não há um outro igual no mundo.
Já os óculos artísticos, artesanais, feitos à mão, são também modelos autorais, e únicos na forma que são criados. São opções diferenciadas que, por vezes, combinam um mix dos processos industrial e artesanal. Em alguns casos, com armação já pronta, são pintados à mão de forma artística, dando um toque diferenciado no seu acabamento. Outros, partem de formas feitas por designers e usam materiais exclusivos, mas são finalizados de forma industrial.
Sem contar, aqueles que são produzidos com impressão 3D. Esta opção atende tanto demandas em grande escala nos tamanhos padrão da indústria, quanto opções sob medida.
E hoje temos grandes nomes e profissionais por trás desses processos de produção autorais para óculos.
Mas, nesta etapa da nossa série, estamos focando nos lunetiers, que são os que fazem todo o processo de corte, fresagem e acabamento à mão e sob medida.
Mas vamos falar também dos profissionais que desenham e pintam as armações, dos que criam as estampas e padronagem de cor para serem produzidos numa fábrica ou em um pequeno atelier.
Como você pode ver, e como falamos em Minas, estamos “apertados de costura” e temos muito ainda que falar nas próximas colunas.
Mas hoje, vamos além do conceito. Vamos para a prática.
No primeiro artigo, citei três profissionais brasileiros que são Alfaiates do Óculos:
Filipe Diniz, Ricardo Lorente e Giu Pacha.
E neste capítulo vou começar a narrar a minha primeira experiência como cliente de um óculos de Alfaiataria, feito pelo Designer e Lunetier Filipe Diniz.
Nos encontramos pessoalmente na Expo Óptica em São Paulo, a maior feira óptica da América Latina realizada pela Abióptica. Lá no seu stand Filipe tirou as minhas medidas com sua régua “fita métrica”, fez as fotos do meu rosto de vários ângulos, essenciais para o desenho e confecção dos óculos e iniciamos um esboço do formato do aro. Esta foi a primeira etapa.
Em uma segunda conversa por vídeo chamada, com Filipe da sua casa em Lyon, na França, e eu de Beagá, trocamos ideias para iniciar o croqui dos óculos, que já ia ganhando forma no papel. Definimos então o modelo e a espessura, tanto do aro quanto das hastes. Em seguida, fomos para a escolha das cores das chapas de acetato que Filipe sugeriu.
A próxima etapa, que aguardo ansiosamente (rsrs), é a finalização do protótipo para dar sequência na confecção e produção dos meus óculos feitos em um processo clássico de alfaiataria eyewear.
E estas serão as cenas dos próximos capítulos.
Fonte: Opticanet / Serjão Óptico